sábado, 5 de março de 2016

Estratégia para a prova da OAB: como resolver a prova da 1ª fase do Exame de Ordem


Como enfrentar a prova da OAB?
Desde que essa pergunta veio em minha mente, venho desenvolvendo uma série de conceitos e raciocínios para compreender e lidar com o tema.
E assim nasceu a abordagem estratégica específica para o Exame de Ordem, em que o Blog é pioneiro absoluto.
Hoje é o dia para refletir como será a abordagem da prova, e as dicas aqui passadas são todas efetivas, comprovadas pessoalmente por mim e por milhares de outros candidatos.
Tudo testado e comprovado na prática!


Ter uma estratégia para a prova é um aspecto de suma importância. Não precisa ser necessariamente a estratégia sugerida neste post, mas não deixem de adotar uma.
Muito bem!
De acordo com a própria OAB, a zona limítrofe de aprovação, em que pouquíssimos pontos representam o sucesso ou o fracasso representa nada mais, nada menos do que 22,28% dos inscritos.
Os candidatos que fazem de 35 a 39 pontos representam 24 ou 25% de todos os candidatos que fazem a prova! O que se pretende dizer com isso? Que um vacilo, uma desconcentração ou um pequeno esquecimento pode comprometer o sucesso de qualquer candidato: todo ponto conta para a aprovação!
Adotar uma estratégia representa maximizar o desempenho rumo aos 50% necessários para a provação na primeira etapa, ou seja, 40 pontos.
Sugiro a leitura do texto abaixo. Organizar as disciplinas por ordem de resolução é um método testado na prática, e otimiza o desempenho de forma muitíssimo satisfatória. Em uma leitura rápida da prova, o candidato consegue identificar em menos de 5 minutos (se fez simulados e resolveu provas anteriores, mais rapidamente ainda) onde estão as questões de cada disciplina.
Se ainda não efetivou isso, sugiro que pegue uma prova anterior e avalie na prática. Não tem erro!
Vejamos aqui um guia estratégico para ser usado na hora da prova.
1 – Marcando o caderno de prova
É interessante para o candidato imprimir uma linguagem própria na hora de resolver a prova, visando estabelecer parâmetros indicativos do que já foi feito e do que resta resolver, buscando a otimização do tempo e evitar possíveis erros.
Vejam a imagem abaixo, referente a questão 6 do IX Unificado:


Após ler o enunciado, o candidato imediatamente se debruça sobre as alternativas. Nesse processo de cognição, ele estabelece se a alternativa sob análise é a mais adequada ao problema proposto no enunciado.
O 1º passo é estabelecer o grau de completude que a alternativa oferece em relação ao enunciado. Dessa forma, ao lado das alternativas C e D, foi marcado um pequeno “X” indicando que aquelas duas alternativas, na visão do candidato, estão erradas.


Na sequência do processo decisório, o candidato aponta, com setas (letras A e B), as alternativas que, sob sua ótica, são as mais adequadas como respostas ao enunciado.


Tomada a decisão, no caso a letra “B”, o candidato marca o famoso “X” na letra escolhida e, ao lado da questão escreve “OK!”, sinalizando para si mesmo que aquela questão está resolvida de forma definitiva.


Caso a certeza quanto ao enunciado correto não for obtida, o candidato não marca o “X” e, ao lado da questão, marca uma interrogação, devendo ir para a próxima questão. Ele só retornará quando terminar o resto da prova.
Agora, qual é a finalidade desse procedimento?
Ao abordar uma questão vocês podem se deparar com 3 possibilidades:
A) Certeza quanto a resposta correta;
B) Dúvida entre duas alternativas;
C) Ignorância completa quanto a resposta.
Se você tem certeza quanto a resposta correta, responda a questão, marque o OK para sinalizar que ela foi resolvida e ignore-a completamente até o momento de passar as resposta para a folha de resposta. O OK é um sinal para você se despreocupar com a questão.
Se há dúvida quanto as alternativas, a “?” indica que você, após resolver as demais questões, deverá voltar para aquela questão na tentativa de achar qual é a alternativa correta e, então, tentar finalizá-la. O símbolo da interrogação, grande (assim como o OK) funciona como um farol na prova: rapidamente você encontrará as questões que deverão ser novamente analisadas.
E aqui vemos a relevância dos pequenos “X” e das setas.
Quando você retornar para a questão a ser reanalisada, não vai perder tempo com os itens anteriormente descartados. Vai se concentrar somente nas alternativas cuja a dúvida quanto a exatidão existe.
Vejam que o processo cognitivo e de avaliação prévio já foi feito. Vocês já declinaram um certeza PARCIAL sobre o enunciado. A reanalise é para finalizar o processo de escolha
Eis então a finalidade do procedimento: ajuda a raciocinar, indica o que já foi feito, o que tem de ser resolvido, poupa o precioso tempo e evita confusões e potenciais erros.
Desenvolver um padrão de marcação funciona, na prática, como um mapa para o candidato: ele sabe o que já viu, o que já fez e o que falta fazer, de forma simples, fácil e objetiva.
E fazer isso, questão após questão é algo simples, rápido e não consome tempo.
Em suma: compensa, e muito, fazer!
2 — Resolvendo as questões
Ao resolver as questões, deve-se atentar para os seguintes pontos:
a) O candidato não deve sair riscando a prova indiscriminadamente. Se for marcar uma assertiva que julga correta, deve fazer apenas um ponto ou uma seta. Deixe aquele “X” apenas para quando a convicção sobre a resposta for absoluta, tal como mostrado mais acima. Isso evitará qualquer confusão.
b) Não se deve perder tempo com questões muito difíceis, ou que a dúvida entre uma ou outra resposta seja quase insuperável. As questões dessa natureza devem ser deixadas para o final. O tempo desperdiçado durante a prova em uma questão dessa natureza pode fazer falta.
c) Um círculo deve ser feito em torno das seguintes palavras: correta, incorreta, certa, certos, errada, sim e não. Tais termos determinam muitas vezes o sentido da resposta e não raro o candidato se confunde com o sentido da própria resposta exigida, o que inexoravelmente o conduzirá ao erro.
Essa questão do correto e do incorreto é muito importante para vocês. Prestem realmente atenção neste ponto!
d) Os termos “sempre”, “jamais” e “nunca” quase sempre estão associados com assertivas cujos enunciados estão errados. Generalizações no Direito são perigosas e no Exame de Ordem quase sempre pontuam assertivas errôneas.
Outro ponto importante guarda correlação com a preparação na véspera da prova. Muitos perguntam se compensa estudar no sábado.
Não existe uma resposta certa para essa pergunta. Estudar no sábado pode ser bom, não estudar também.
Muitos candidatos que já passaram consideram que não se deve estudar, exatamente para ocupar vossas mentes com algo muito importante: a concentração.
Mas se forem estudar, vão duas dicas importantes: (1) procurem não se desgastar, de modo a comprometer suas condições cognitivas no momento da prova; (2) procurem trabalhar com informações de caráter mais arbitrário e menos lógico, tais como os prazos processuais ou as competências privativas da União (art. 22 da CF), no sentido de mobilizar para estas a memória de curto prazo.
Na véspera da prova o examinando deve se concentrar. Pensar na prova, como vai abordá-la, afinar a estratégia de resolução, mentalizar as dicas acima caso o nervosismo apareça e trabalhar muito o emocional.
Em suma: entrar no clima da prova!
Lembrem-se de que as dicas acima não são exaustivas. Outras podem ser criadas.
De toda forma, o ideal é não ficar nervoso, exatamente daí decorre a importância de se concentrar: a busca de um foco, de um ponto de equilíbrio onde a razão pode encontrar seu sustentáculo e a prova passe a ser novamente o que ela efetivamente é e nunca vai deixar de ser: só uma prova!
*Texto escrito em co-autoria com o Dr. Rogério Neiva, juiz do trabalho e criador do sistema de gerenciamento de estudos Tuctor.
Fonte: Blog Exame de Ordem

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