Por Thiago M. Minagé e João Gabriel M. C. Melo
Em sala de aula, sempre afirmo que, não podemos ficar à mercê do
bom policial, do bom promotor, do bom juiz, devemos ter instrumentos de
contenção do exercício do poder para garantir que independente de quem
esteja exercendo o poder possa ser controlado principalmente de si
mesmo. Afirmo isso, não no intuito de afrontar ou mesmo polemizar,
mas para mostrar aos alunos que todos, sem exceção, exercem funções
importantes em um Estado Democrático de Direito, e todos devem estar
submetidos a regras de controle conforme determina a Constituição de
1988. Atualmente vivemos um momento delicado no qual os discursos estão
cada vez mais inflados de modo a suscitar a ira naqueles que desconhecem
as causas nas quais se inserem. São diretamente afetados e convencidos
por essas palavras proferidas como armas, o que nos leva a
circunstâncias preocupantes, uma vez que temos pessoas lutando e falando
qualquer coisa sobre qualquer coisa[3].
A influência midiática na manipulação de informações e formação de
opiniões está cada vez mais forte, dados processuais e investigativos
são expostos de forma “exclusiva” por parte da mídia, sem mesmo as
partes do processo, terem acesso às informações. Pessoas criminalizadas e
violações de preceitos fundamentais de proteção da pessoa humana são
nitidamente deixados de lado em nome da pseudo “reportagem
investigativa”. Ora, me poupem dessa balela!